Tecnologia tem contribuído para produção de carne de alta qualidade, saudável e com sustentabilidade.

A pandemia da Covid-19 gerou crises sanitárias e econômicas e aprofundou ainda mais os problemas sociais enfrentados pelos países, especialmente os relacionados à segurança alimentar. Além da preocupação com a falta de comida para a população mundial – de acordo com relatório da Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO), entre 720 milhões e 811 milhões de pessoas no mundo enfrentaram a fome em 2020 –, a segurança dos alimentos é um tema que ganhou ainda mais destaque no cenário atual. É fundamental que os produtores sejam protagonistas na produção de alimentos seguros, que irão beneficiar a saúde humana, a economia e a sustentabilidade do planeta a curto, médio e longo prazo.

José Luiz Tejon Megido, coordenador do Agribusiness Center da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) e sócio-diretor da Biomarketing, esclarece que a pecuária é sinônimo de saúde. Com a pandemia, originada em um local com problemas sanitários em animais, a associação da qualidade do alimento com a saúde humana ganhou uma proporção muito grande. A questão envolve a qualidade do solo, a pastagem, a nutrição, o bem-estar animal, a água e até a propriedade rural em uma cadeia produtiva que chega aos mercados e à mesa dos consumidores. “Saúde é sinônimo de agronegócio e começa no campo”, destaca Tejon.

Antonio Pitangui de Salvo, Presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Corte da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ressalta que o Brasil produz alimentos para toda a população brasileira e ainda consegue atender mais de um bilhão de pessoas. “Hoje, a pecuária no Brasil é a mais sustentável do mundo, não tem ninguém igual por dois motivos básicos. Primeiro, porque conseguimos criar uma tecnologia tropical, embasada basicamente nas pastagens naturais do cerrado, e segundo pela criação do gado zebuíno, da Índia, que se adaptou muito bem às condições brasileiras. A pecuária vem caminhando com uma garantia de abastecimento para os brasileiros muito forte. Ela tem diminuído a área utilizada e aumentado a produção graças à tecnologia, com melhoria da qualidade do solo e da gramínea e mais rapidez na terminação, cria, recria e engorda desses animais. Isso deixa o país em uma situação muito confortável em relação à segurança alimentar, incluindo também a pecuária de leite, que é muito pujante no Brasil. Temos usado a tecnologia para produzir tanto carne como leite de maneira saudável, sustentável e de alta qualidade, principalmente na parte sanitária”, afirma.

O Brasil é um dos principais players na produção de carne e contribui para segurança alimentar mundial

Segundo Salvo, o Brasil é um dos maiores players mundiais de produção de carne, disputando cabeça a cabeça com os EUA. “Nossa pecuária é verde, o que deixa o Brasil em uma posição ímpar. À medida que o país adquire segurança no campo, na esfera jurídica, e tem como planejar, com moeda e política estáveis, os pecuaristas podem fazer investimentos em maquinário, tecnologia e insumos. Na parte sanitária, todo o país tem áreas livres de febre aftosa com e sem vacinação, e ser livre da doença é como um cartão de visitas, significando que a região se desenvolveu em todas as suas tecnologias, inclusive sanitárias. Nossos clientes em todo o mundo veem a garantia sanitária da carne brasileira, além de ser uma carne sustentável. Precisamos mostrar que nossa carne é boa e saudável, pois o consumidor quer saber a origem, e temos que comprovar a qualidade já inquestionável da nossa carne”, acrescenta.

Tejon aponta que as terras brasileiras têm um verdadeiro potencial para promover segurança alimentar para o mundo, com uma agropecuária saudável. “Nos próximos 10 anos, vamos aumentar em quantidade e qualidade a produção de alimentos, fibras, frutas e proteína animal, com pecuária de corte e de leite. A população mundial continua crescendo, especialmente na África e Ásia, e não é possível manter as pessoas sem ou com péssima comida. Por outro lado, quem tem mais renda será cada vez mais exigente com a qualidade. Para a segurança alimentar do planeta, o alimento tem que ser o principal sinônimo de saúde humana. Aqui, nós temos 90 milhões de hectares de pastagens degradadas que podem ser usadas para agricultura e pecuária, com integração da agropecuária e das florestas. A produção pode aumentar com melhoramento genético, bem-estar dos animais e cria dos bezerros. É algo concreto e real que já sabemos fazer”, observa.

Antonio Pitangui de Salvo, Presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Corte da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ressalta que o Brasil produz alimentos para toda a população brasileira e ainda consegue atender mais de um bilhão de pessoas. “Hoje, a pecuária no Brasil é a mais sustentável do mundo, não tem ninguém igual por dois motivos básicos. Primeiro, porque conseguimos criar uma tecnologia tropical, embasada basicamente nas pastagens naturais do cerrado, e segundo pela criação do gado zebuíno, da Índia, que se adaptou muito bem às condições brasileiras. A pecuária vem caminhando com uma garantia de abastecimento para os brasileiros muito forte. Ela tem diminuído a área utilizada e aumentado a produção graças à tecnologia, com melhoria da qualidade do solo e da gramínea e mais rapidez na terminação, cria, recria e engorda desses animais. Isso deixa o país em uma situação muito confortável em relação à segurança alimentar, incluindo também a pecuária de leite, que é muito pujante no Brasil. Temos usado a tecnologia para produzir tanto carne como leite de maneira saudável, sustentável e de alta qualidade, principalmente na parte sanitária”, afirma.

Dia Mundial da Segurança dos Alimentos

Em 7 de junho, foi celebrado o Dia Mundial da Segurança dos Alimentos, com o objetivo de chamar a atenção e inspirar ações para prevenir, detectar e gerir riscos relacionados aos alimentos, com reflexos na saúde humana, segurança alimentar, economia e desenvolvimento sustentável. Com o tema “Alimentos seguros agora para um amanhã saudável”, a campanha deste ano ressaltou a necessidade de sistemas de produção sustentáveis para garantir os benefícios em longo prazo, reconhecendo a ligação entre a saúde das pessoas, dos animais e do meio ambiente, além de dar ênfase às cinco chamadas para fortalecer os esforços em prol da segurança alimentar:

– Garanta a segurança: os governos devem garantir alimentos inócuos e nutritivos para todos.

– Cultive alimentos seguros: os produtores devem adotar boas práticas.

– Mantenha a segurança dos alimentos: as empresas devem assegurar-se de que os alimentos são inócuos.

– Forme uma equipe para a segurança dos alimentos: o trabalho deve ser coletivo para garantir a segurança dos alimentos e a boa saúde.

– Comprove que sejam seguros: os consumidores devem saber o que são alimentos inócuos e saudáveis.

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